Montaña de Colores/Vinicunca/Montanha Arco-Iris - Cuzco/Peru

E a nossa primeira trilha em terras peruanas é uma das mais conhecidas atualmente. Com seu marketing feito pelos diversos "influenciadores digitais", a montanha se tornou conhecida é um pico muito forte de turismo.
Antigamente, essa montanha não era vísivel, a irmã menor, vizinha do gigantesco e nevado Apu Ausangate, até um tempo atrás era também coberta de gelo, mas com o aquecimento global revelou sua superfície arenosa e colorida, que acabou resultando em um dos cartões postais mais conhecidos.
O local fica distante de Cuzco, onde nos hospedamos e existem milhares de pacotes disponíveis, para isso saímos bem cedinho de Cuzco em uma van, andamos cerca de 2h30-3h e paramos num ponto onde é servido café da manhã, existem sanitários e pode-se comprar água e chá de coca. Saindo de lá, depois de uma hora chegamos ao início da trilha.
Lá, o guia nos dividiu e nos deu cores, combinou um horário de retorno e ataque, além de chegar até o Cerro Colorado (e eles aqui entendem essa montanha por esses vários nomes), pode-se chegar também ao Vale Rojo, nós fizemos a trilha até a metade e retornamos, achando que não daria tempo, mas nos enganamos, poderíamos ter ido tranquilamente.

Para fazer essa trilha recomendo levar pouca bagagem, gorro, luva, um corta vento, água e um pequeno lanche. Por aqui também nos ofereceram a sagrada "Água floral", uma água que contém muño e eu recomendo adquirir uma.

Logo no começo da trilha (e o começo é bem plano e tranquilo) você pode alugar um cavalo, que te levará muito próximo ao pico. Como nós gostamos de andar, fomos a pé mesmo, pelo começo ser bem plano, o ínicio da trilha rende bem, porém com o tempo, começamos a sentir o cansaço e a respiração mais acelerada, visto que a trilha ja começa numa altitude elevada, porém a paisagem recompensa, e muito !!!
O inicio do trecho, ja iniciamos a cerca de 4500m de altitude.

Atrás o gigante nevado Apu Ausangate.

A trilha segue uma inclinação leve até o quilometro final, a partir dali entramos em grandes e íngreme subidas que judiam muito das pernas e a altitude já começa a cobrar seu preço, a tática foi devagar e sempre e usar um bocado da água floral, que derramamos na mão e inalamos, abrindo as vias respiratórias e jogando um pouco de energia no corpo.
Infelizmente o local é bem lotado, no primeiro patamar já no topo é possível admirar os contornos que dão nome a montanha, o local é pequeno e ainda conta com uma mesinha onde você pode carimbar seu passaporte.
Para chegar até o cume propriamente dito, basta subir mais uma escadinha, que por mais que seja pequena exige um bom esforço.
Um detalhe importante, no pico venta bem forte e faz frio devido a altitude, por isso é importante o corta vento e um gorro e luva.
Terminada a escada chegamos ao topo, com cerca de 5020m de altitude, e nosso primeiro cume em terras peruanas.

Depois de muita batalha e fila, conseguimos tirar uma foto com a placa símbolo.

A vista que dá nome a montanha.

Uma vista panorâmica da região, conseguindo observar a trilha até o Vale Vermelho (Custa S30 adicionais pagos nos locais).

A escada final para atingir o cume.

Esse é um passeio que leva o dia inteiro, custa cerca de 100-150 soles adquiridos em Cuzco, já inclusos alimentação e transporte, tivemos que pagar um ingresso de acesso na hora, mais S10 e para chegar ao Monte Vermelho mais S30 pelo que me lembro. Porém diria que é um dos passeios mais bonitos, mas não recomendo a alguém despreparado.
Durante o caminho existem alguns sanitários, que custam cerca de 1 sole, o "aluguel" dos cavalos não faço idéia do valor, porque se eu quisesse andar a cavalo iria para uma fazenda no Brasil e não para uma montanha!

Trilha Total (ida e volta): cerca de 7,5Km
Diferença Altimétrica: 363m
Altitude Máxima: 5014m

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