Complexo da Pedra do Baú - São Bento do Sapucaí

Aproveitando o clima que começa a esfriar em São Paulo e diminuição das chuvas, fiz uma trilha que há muito templo planejava. O "circuito" da Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí/SP, próximo a cidade famosa de Campos do Jordão.

Esse cartão postal é muito conhecido e muito bonito, fica cerca de 3 horas de carro de São Paulo e dentro de um parque, portanto aqui é tudo bem organizado. Existem duas entradas para a trilha da Pedra do Baú, uma é pelo restaurante do Baú e consiste numa trilha só subida até o sopé da Pedra do Bau. O outro é pela entrada oficial do Parque, foi a entrada escolhida por nós pois facilita a fazer as outras trilhas do complexo, o acesso é simples, via Campos do Jordão e sobe uma pequena estradinha de terra que não requer nenhum cuidado especial, na entrada do parque é cobrado um ingresso de R$10,00 por pessoa que achei bem justo, visto que o estacionamento é gratuito, tem uma pequena lanchonete, guarita de informações e sanitários muito bem cuidados.

É importante levar água (não tem ponto no meio da trilha) e uma toalhinha para secar a mão antes da via férrea, levamos um pequeno lanchinho também visto que faríamos as 3 trilhas.

Iniciamos nossa jornada aqui, do estacionamento dessa entrada até a "entrada oficial" das trilhas anda-se algo entre 1 e 2 quilômetros numa estradinha de terra, com tudo muito bem sinalizado. Então chega-se numa clareira (para quem for idoso ou gestante é possível vir de carro até esse ponto) onde existe um grande letreiro com informações sobre as três trilhas principais: Bauzinho, Ana Chata e Baú. As informações contidas são importantes pois me ajudou a definir nosso roteiro e sequência a seguir.

Início da trilha.


Iniciamos pela mais próxima e mais fácil, o Bauzinho, numa caminhada rápida de cerca de 20 minutos já encontramos a parte de pedra aberta onde se tem um visual muito legal. Quando chegar a pedra principal, a trilha não acabou, vi uma pequena abertura da mata e fui me enfiando e consegui chegar ate o ultimo ponto, que é o que proporciona a melhor vista e fica de frente para Pedra do Baú, exige um pouco de cuidado para não deslizar nas pedras mas compensa muito!!!!!

Placas indicativas que correm ao redor de toda a trilha.

Pedra do Baú encoberta pela Neblina, a frente podemos ver a continuação para chegar ao ponto mais exposto do bauzinho.

Caminho entre as pedras até o ponto mais exposto (muito bonito, precipício dos dois lados)

Ponto mais exposto e Baú totalmente encoberto.

A trilha é somente retornar e a partir dai seguimos o trajeto até a Ana Chata, que é depois do Baú. Chegará uma parte da trilha (e é sinalizada) que você tomará a decisão de continuar para a Ana Chata ou começar a trilha até o sopé da Pedra do Baú, como estava um pouco de neblina ainda preferimos continuar até a Ana Chata. A caminhada é dentro da Mata, num clima até que arejado e com alguns pontos de barro (o chão é um pouco úmido) e a ida é praticamente uma descidona (o que me deixou preocupado com a volta). Em dado momento chega-se a uma pedra grande com um indicativo onde começará a escalaminhada até o topo da Ana Chata. Achei essa parte bem divertida, primeiro passa-se por uma "caverna de pedras" uma pequena subida com auxilio de uma cordinha, uma passagem por um precipício e um trepa-pedras final para chegar ao ponto mais alto.

Inicio da escalaminhada até a Ana Chata.

Ponto mais alto da Ana Chata.

Bau visto da Ana Chata, já sem a neblina.

Descemos da Ana Chata e já voltamos rumo ao objetivo maior, a Pedra do Baú, como já era óbvio a volta é uma baita subidinha constante e exige mais força nas pernas. Ao chegar na bifurcação para Pedra do Baú temos uma nova descida (novamente, a prévia que a volta seria chata), a trilha segue esse padrão até encontrarmos a subida da Face Sul que está fechada (houve deslizamento de pedras e ela não é mais adequada para subida) e a partir daí ela começa numa subidinha até o sopé da Pedra do Baú.
Ao chegar no sopé tem um espaço para sentar e descansar e o começo da via férrea, nesse ponto sempre fica uma pessoa com equipamentos de segurança para aluguel, como confiamos nos nossos braços e em nós decidimos fazer sem nenhum equipamento, a via é bem "tranquila" porém bem exposta o tempo inteiro, para quem não tem confiança ou medo de altura e vertigens não recomendo. Aproveitamos para comer algo e beber água, secar as mãos, prepararmos as câmeras e iniciarmos a subida.

A subida é contínua, tem alguns pontos que você "anda", mas na maior parte do tempo estará subindo as escadas, acho melhor fazer de forma rápida para não ficar muito tempo exposto, para quem não tem medo, pare em alguns momentos e olhe para o horizonte pois a vista é sensacional, curta a sensação de estar "solto" no espaço.
Chegando no topo existe a face exposta Norte, que dá de frente pro Bauzinho, é a parte mais conhecida. Não deixe de ir para o outro lado, na face norte, o caminho está meio fechado mas com cuidado da prá chegar tranquilamente, inclusive marquei o ponto no tracklog. No caminho existem ninhos de urubu e conseguimos ver de perto os animais, muito legal. Desse ponto ficamos de frente para a Ana Chata. A Pedra do Baú está situada a 1889m de altura pelo GPS e infelizmente pelo que vi o livro de cume foi retirado.

Face Sul fechada.

Início da Face Norte via férrata.

Parte da "escalada".

Outro trecho da subida.

Pose pra foto no topo, face voltada para o Bauzinho.

Bauzinho visto de cima da Pedra do Baú.

A caminho da Face Sul nos deparamos com vários ninhos de urubu no topo.

Visto da Face Sul, com Ana Chata atrás.

Panorâmica da Face Sul.

Panorâmica da Face Norte.

Dois vídeos que mostram um bocado da subida e do visual:




O passeio é bem legal, a volta até o estacionamento é uma boa subida e desgastante, porém o passeio todo vale a pena, inclusive se não tiver preocupação com horário, chegue até o bauzinho novamente e aproveite o pôr do Sol.

Após a trilha descemos para Campos do Jordão e tomamos nosso merecido chopp gelado com porções.

Espero que tenham gostado e aproveitem mais esse pico perto de São Paulo!!!!











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