Pedra do Cume/Pico do Lopo - Extrema/MG
O ano começando e as trilhas fracas, decidi quebrar o jejum. Pouco tempo, alguns parques fechados pela febre amarela, sai procurando pela internet e me deparei com a Serra do Lopo em Extrema-MG.
Uma trilha rápida, cidade a menos de 2 horas de distância de casa e promessa de um dia com Sol e mirantes bonitos. Convoquei meu fiel companheiro de aventuras, o Luquinhas e partimos em direção a Extrema, dia extremamente ensolarado e numa curta viagem já estávamos na rampa de Asa Delta, que fica um pouquinho antes da entrada da trilha.
O acesso ao local é bem fácil, saindo de SP pela Fernão Dias, entrando em Extrema terão placas "Rampa da Asa Delta e "Rota dos Ventos", só seguir essas indicações e logo estarão subindo uma estrada horas de terra, horas de pedra até chegar as rampas de asa delta. Nesse ponto rola uma confusão, mas o início da trilha não é aqui, vale pelas fotos e a vista das duas rampas.
Placas na cidade que seguimos.
Panorâmica de uma das rampas de Asa Delta.
Placa que indica o ponto inicial da trilha (pode continuar de carro).
Andando mais uns 2km de carro chegamos ao início da trilha, tem uma guarita pequena e uma área de estacionamento. Algumas informações importantes: Não precisa de condutor, a trilha está bem demarcada; paga-se R$20,00 por pessoa pelo acesso; se quiser deixar o carro no estacionamento é R$15,00 ou R$10,00 para motos, senão pode deixá-lo na rampa de asa delta. Outro ponto importante, antes de começar a trilha leve água, passamos por um único ponto de água e não parecia boa para consumo.
Placa com indicações no estacionamento.
Todos os mirantes que têm na trilha.
Tudo pronto e saímos em busca da trilha, boa parte é em mata com cobertura, o que é bom pois protege do forte Sol que estava, e sem muita inclinação. O primeiro ponto de parada é a Pedra do Altar (está marcada assim no tracklog e em outros que achei na internet, porém conversando com o pessoal da guarita descobri que essa na verdade é a pedra do Marino) Aqui tem um pequeno mirante legal para uma rápida parada.
Pedra do Cume vista da Pedra do Marino (Altar).
Continuando e um pouco mais a frente tem uma bifurcação, a parte que sobe dá vistas aos Pico dos Cinco Dedos que falarei no final, pois fizemos ele na volta. Seguindo mais um pouco a frente tem uma pequena entrada que dá para a vista da Pedra dos Cabritos.
Pedra dos Cabritos (Não tinha nenhum cabrito no momento).
No fundo é possível ver a Pedra das Flores e atrás o Pico do Lopo.
Chegada na Pedra dos Cabritos.
Continuamos a caminhada, no meio do caminho tem uma área de acampamento, que até onde pesquisei o pessoal que faz a travessia Joanópolis-Extrema utiliza.
Área de acampamento.
Totens para orientação.
Rapidamente chega-se a Pedra das Flores, aqui é um bom momento pra tomar uma aguinha e tirar umas fotos, pois o visual é bem legal e a área é extensa, em alguns locais o desgaste da pedra parece um toboágua.
Panorâmica da Pedra das Flores já com e Pedra do Cume/Pico do Lopo bem próximos.
Chegada à Pedra das Flores.
Motivo do local se chamar "Pedra das Flores", essas flores estão pela pedra toda.
Saindo da Pedra das Flores basta uma caminhada rápida de uns 20 minutos (demoramos cerca de 1h para chegar até a Pedra das Flores) até a Pedra do Cume, essa caminhada é um pouquinho mais íngreme e tem um ponto que exige uma pequena escalaminhada, que inclusive conta com uma corda para apoio (o movimento é bem simples de executar e com bastante apoio).
Parte que exige um esforço maior.
Panorâmica da Pedra do Cume.
Para chegar na Pedra do Cume exige uma escalada mínima, passar por um vão entre uma pedra e outra (a altura é grande) e do outro lado existe pouco apoio, o apoio em D para colocação da corda já está lá e mais acima existem mais apoios para outra corda, utilizamos ele para chegar até o livro de cume. É um movimento de escalada que requer técnica e atenção pela alta exposição do local (mesmo sem chegar até o livro, o cume inteiro já é acessível e vale muito a pena pela vista. O único inconveniente foram as centenas de abelhinhas que rondavam o local, o que abortou nossos planos de almoçar por ali (mudamos para a Pedra das Flores).
Luquinhas na pedra do cume com o livro.
Vista do cume.
Placa da Pedra do Cume colocado pelo pessoal do GAM.
No caminho de retorno vimos que existia uma trilha para a Pedra dos Cinco Dedos e decidimos arriscar, inclusive marquei ela no tracklog. É uma trilha bem rapidinha de uns 10 minutos e que leva a outro mirante um pouco mais alto e a uma formação rochosa que parecem dedos. (sugiro seguir o tracklog somente até o marco desse Pico, o restante do caminho que lá está foi nossa procura por um acesso para subirmos em algum dos dedos, que não achamos).
Cinco Dedos visto a partir do platô.
Terminamos a trilha e como o horário estava tranquilo decidimos ir até a "Rota das Águas", que na verdade é o Parque Municipal da Cachoeira do Salto. O parque é bem legal e conta com uma quedinha d'água e corredeira, onde é possivel fazer rafting (parece que para rafting completo eles levam até outro ponto), lanchonete, banheiros e local para descanso, além de parquinho para as crianças. O acesso e estacionamento são gratuitos e vale a pena para se refrescar após a trilha.
Cachoeira vista de cima (está mais para corredeira).
Ponto onde é possível entrar com segurança na água (a corredeira é bem forte).
Assim terminamos nossa jornada em Extrema, um dia muito agradável e abençoados com um tempo excelente. O tempo de trilha foi de cerca de 1h40 para ir e 1h40 para voltar. Meu tracklog abaixo tem o erro que já mencionei do Pico dos Cinco Dedos e esqueci de reativar ele na volta da Pedra das Flores, o que deixou o caminho de volta e a quilometragem e tempo errados. Porém o tempo de trilha é esse e a distância é não mais do que 10km (ida e volta, contado a subida até os Cinco Dedos).
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