Circuitão no Itatiaia

Mais um final de semana de julho e aquela vontade de aproveitar o tempo frio e sem chuvas nas montanhas, a escolha mais simples é sempre o Parque Nacional de Itatiaia, além de termos em vista uma pedra no sapato: O Pico das Agulhas Negras.
Planejamos sair sábado bem cedo, fazermos algo por lá e domingo tentar o AN. Pois bem, muita pesquisa, já fizemos um bocado de trilhas lá e procurava algo novo. Vi um roteiro legal, entrada pelo Posto Marcão, Estrada das Flores até o Rebouças e de lá saíriamos catando "checkpoints": Pedra do Altar, Vale dos Dinossauros, Cachoeira do Aiuruoca, Ovos de Galinhas, Pedra do Sino e retornar pelo Circuito dos 5 Lagos

Pois bem, feito o planejamento, mais uma vez tentamos o Abrigo Rebouças como alojamento, mas mesmo enviando a requisição 00h10 não conseguimos. Saída foi ficarmos na Pousada Toca dos Lobos, que fica nas proximidades e se mostrou uma grata surpresa.
Saímos de São Paulo por volta das 05h00, acabamos nos enrolando no café da manhã no Frango Assado e chegamos no parque apenas as 10h00.

Mantivemos um ritmo bom chegando até o Rebouças, a partir de lá, segue-se a trilha dos Agulhas Negras, existem várias placas indicativas, o que facilita para não se perder.
Porém no Abrigo Rebouças tivemos uma excelente surpresa, avisamos muito próximo um magnífico gavião:



Seguindo o percurso, vai-se em direção as Agulhas Negras e vão aparecendo placas, inclusive da Pedra do Altar, a qual fomos seguindo, todas as bifurcações são seguindo a esquerda, sempre mantendo as Agulhas Negras à direita.


Essa é a ultima bifurcação, daqui toma-se a direita e chega ao cume da Pedra do Altar, a subida é tranquila e sem muitas dificuldades.
O cume não possui livro, mas tem uma visão mto legal do vale do aiuruoca, pedra de hermes e agulhas negras e vale muito a pena.

Cume do Altar com Agulhas Negras ao fundo

Vista do Platô do Cume

Após alcançarmos o cume, descemos e seguimos em direção a Aiuruoca, aqui a caminhada é mais íngreme, cheia de subidas e descidas, pelo conhecido Vale de Aiuruoca, com paisagens que parecem saídas de filmes épicos.
As placas são indicativas para Aiuruoca, até chegar a um momento onde há a divisão de duas travessias: Rancho Caído e Serra Negra, nesse ponto, segue a placa para Rancho Caído.

Nesse momento o caminho fica meio confuso, siga os totens e as depressões e marcações no terreno. Em determinado momento você já conseguira avistar parte da Pedra do Sino e Ovos de Galinha, em cima de um montinho, ali é a divisória para ir para Aiuruoca, bastando seguir a placa indicativa:

Essa placa é visível por alguma marcações vermelhas, que te ajudam a se localizar, aiuruoca fica para esquerda, onde você anda por um caminho estreito e acompanha a água, quando aumentar o volume dela você ja estará chegando na cabeceira de aiuruoca. Existe uma trilha para descer até o poço e já aviso, a agua é geladíssima, decidimos não descer pois havíamos começado a trilha muito tarde e o horário estava apertado.

Saímos de Aiuruoca e voltamos no caminho, seguindo dessa vez a direção da Pedra do Sino, rapidamente chega-se a uma parte mais aberta, a base da formação rochosa dos Ovos de Galinha.


Contornando os Ovos de Galinha, atravessem uma parte de vegetação mais densa, onde é normal chegar em charcos e o caminho não esta muito bem demarcado, atravessando a região chega-se a parte rochosa da base da Pedra do Sino, a partir daí é seguir os totens até o cume, num caminho bem demarcado, demora mais ou menos 30-45min até o cume. Como já eram 15h e tínhamos o caminho de volta decidimos abortar a subida da Pedra do Sino, existe um limite no parque para retornar a portaria do Marcão até as 17h, a qual respeitamos.

O caminho de volta é sem novidade, voltamos até a divisória que marcava a entrada para os Cinco Lagos, logo no início dela existe um morro de pedras, que imaginávamos ter que subi-lo para trilha dos Cinco Lagos, não façam isso, além de ser chata essa subida esse não é o caminho certo, o correto é sempre circundar os morros pelas pedras e se localizar pelas estacas de ponta vermelha, e por assim vai o caminho, um eterno contorno dos morros, os Cinco lagos na verdade é apenas um e uma cachoeira que estava seca, nos informamos e infelizmente modificaram a trilha, não sendo mais possível visualizar os 5 lagos. o final da trilha da no Posto Marcão, que chegamos exatamente as 17h.

Imagem Predominante durante a parte dos Cinco Lagos.

Cachoeira dos 5 Lagos.

Não conseguimos cumprir todos os objetivos de nossa caminhada, devido a um erro meu e um deslize do grupo. Primeiramente entramos muito tarde na trilha e por mais que não existam grandes desníveis, a distância é grande (até o cume do Sino estimo que somaria 21km) e é necessária uma parada para almoço, portanto acho que o ideal é entrar na trilha às 08h. Caso o ritmo não seja bom, outra sugestão é abortar os Cinco Lagos e ir e voltar pela Estrada das Flores, onde consegue-se manter um ritmo maior.
Por último, acho que houve um erro meu no planejamento do caminho e parada. Eu faria da seguinte forma: Posto Marcão -> Abrigo Rebouças -> Pedra do Sino (parada para alimentação)
Pedra do Sino -> Ovos de Galinha -> Cachoeira do Aiuruoca
Cachoeira do Aiuruoca -> Pedra do Altar
Pedra do Altar -> Circuito dos 5 Lagos (opcional volta pela estrada das flores-abrigo rebouças) -> Posto Marcão.



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